O Ministério Público do Rio (MPRJ) e a Polícia Civil realizam, na manhã desta quarta-feira (17), a Operação Hunter 2 para cumprir 6 mandados de prisão e 37 de busca e apreensão contra integrantes de uma milícia que atua em Queimados, Baixada Fluminense.
De acordo com o Grupo de Atuação Especializado no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPRJ, a ação, que teve sua primeira fase em 2019, mira 37 pessoas que foram denunciadas pela prática de crime de constituição de milícia privada.
Até agora, um homem foi preso em flagrante, e uma mulher foi detida e levada para 55ª DP (Queimados) por passar informações sobre a operação.
O MPRJ ainda afirma que todos os alvos da operação desta quarta foram denunciados. Os agentes cumprem mandados em bairros de Bangu, Gardênia Azul, Todos os Santos e Campo Grande.
Além de estarem nas cidades de Seropédica e Nova Iguaçu, e vários presídios da capital fluminense e Baixada.
Segundo a denúncia do Gaeco, a quadrilha atuava de forma ampla, com a prática de crimes como homicídios, extorsões mediante sequestro e agiotagem.
Os criminosos também cobram taxas para que mototaxistas possam circular e taxa de segurança de comerciantes e de moradores de condomínios controlados pela quadrilha em Queimados.
Os agentes da 55ª Delegacia de Polícia (Queimados) e representantes do Ministério Público constataram que o grupo criminoso ampliou suas atividades, consolidando um verdadeiro monopólio na oferta de produtos e serviços na área sob seu controle. Isso inclui cestas básicas, energia elétrica, gás de cozinha, kits de churrasco, além da prestação clandestina de serviços de TV a cabo e internet.
Durante as investigações, foi evidenciado que a quadrilha utilizava armas de fogo de grande calibre para cometer homicídios, instilando o medo para consolidar sua influência sobre a comunidade local.
A operação desta quarta-feira conta com o suporte da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).