Cerca de 42 mil urnas eletrônicas já começaram a ser preparadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) para o primeiro turno das eleições municipais, previsto para 6 de outubro. O ato teve início na quarta-feira (06) e deve estar concluído até 1º de outubro.
Na primeira etapa, conhecida como geração de mídias, as informações essenciais para o funcionamento das urnas são transferidas para dispositivos eletrônicos, semelhantes a pen-drives. Esses dispositivos se dividem em três categorias: carga, votação e resultado de votação.
As mídias de carga contêm dados como o número da seção eleitoral, a lista de eleitores habilitados a votar e os candidatos participantes. Já as mídias de votação armazenam os votos durante a eleição, enquanto as de resultado registram os números finais para posterior envio e totalização.
A inserção das mídias nas urnas ocorre em uma cerimônia supervisionada por representantes de partidos políticos, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Ministério Público e outras entidades fiscalizadoras. Conforme a Resolução TSE 23.673/2021, essas instituições podem auditar até 6% das urnas para garantir a autenticidade e integridade dos sistemas instalados.
Após a inserção dos dados, todas as urnas passam por uma série de testes para confirmar que estão funcionando corretamente. Concluída essa etapa, as portas de acesso físico das urnas passam por lacração, com selos de segurança fabricados pela Casa da Moeda do Brasil. Esses lacres têm propriedades químicas que indicam qualquer tentativa de violação.
As urnas, então, ficam armazenadas em um local seguro até o dia da eleição, quando vão para os locais de votação. Além disso, elas contam com sistemas de segurança que bloqueiam seu uso antes da data oficial. Assim, torna-se impossível a utilização antes do dia marcado para a votação.