Duque de Caxias lidera geração de empregos em julho, aponta Firjan

Duque de Caxias foi o município fluminense que mais gerou empregos formais em julho, segundo análise da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), feita pela plataforma Retratos Regionais. Com mais de 2 mil vagas abertas, a cidade impulsionou o saldo positivo da Baixada Fluminense, que concentrou 45,3% das contratações do estado no período.

 

Enquanto o Rio de Janeiro registrou queda no número de empregos formais – apenas 6.119 postos –, os 14 municípios da Baixada garantiram juntos um saldo de 2.772 vagas. O setor de Serviços foi o principal motor desse resultado, com 2.062 novas oportunidades em áreas como consultoria empresarial, transporte rodoviário de carga e coletivo, apoio administrativo e gestão em saúde.

 

Outros setores também tiveram saldo positivo: Comércio (+423), Construção (+331) e Agropecuária (+9).

 

Para o presidente da Firjan Caxias e Região, Roberto Leverone, os números refletem a diversidade econômica da região.

“O resultado mostra a variedade de oportunidades que a Baixada oferece. A qualificação da mão de obra é essencial para manter esse desempenho”, afirmou.

 

No acumulado do primeiro semestre, o setor de Serviços também liderou a geração de empregos, com 6.528 vagas. Os melhores resultados vieram de Seropédica (+2.244), Duque de Caxias (+1.162) e São João de Meriti (+1.140). Apenas Mangaratiba (-160) e Paracambi (-68) fecharam o período com saldo negativo.

 

Queda no desempenho estadual

Apesar do bom resultado na Baixada, o cenário estadual foi menos favorável. O Rio ficou em oitavo lugar no ranking nacional de contratações em julho, mas registrou queda de 41% em relação ao mesmo mês de 2024. No acumulado do ano, a redução foi de 35% em comparação ao período de janeiro a julho do ano passado.

 

O setor de Serviços, que em julho de 2024 havia gerado 6.796 vagas, abriu apenas 1.444 este ano. Segmentos como Alimentação (-806) e Administração Pública, Defesa e Seguridade Social (-958) puxaram o resultado para baixo, após terem apresentado saldos positivos no ano anterior.

 

Em contrapartida, o Comércio teve desempenho expressivo: foram 2.404 vagas abertas, quase o dobro do registrado em julho de 2024 (+1.211), alcançando o maior saldo da série histórica para o mês desde 2021.

 

Já o setor industrial – que reúne indústrias de transformação, extrativa, construção e serviços de utilidade pública – abriu 2.233 vagas em julho de 2025, número inferior ao de julho de 2024 (+2.413). Dentro do segmento, a Construção (+675) liderou a geração de postos, seguida por apoio à extração de minerais (+463), fabricação de alimentos (+378), derivados de petróleo e biocombustíveis (+260), energia e utilidades (+248), confecção de vestuário (+224) e metalurgia (+206).