O desembargador Fernando Cabral Filho, da Justiça Eleitoral no Rio de Janeiro, voltou a negar habeas corpus preventivo ao candidato do União Brasil à prefeitura de Nova Iguaçu, Clébio Jacaré, para evitar uma possível prisão até o fim do segundo turno das eleições municipais deste ano. O pedido foi feito na última sexta-feira (09).
A primeira instância da Justiça Eleitoral já tinha negado, em julho, 0 pedido de habeas corpus preventivo pedido por Clébio Jacaré (União). O candidato a prefeito de Nova Iguaçu chegou a ser detido na pré-campanha de 2022 e vê, agora, o “risco iminente de ver cerceada sua liberdade”.
“As alegações de perseguição política contemporânea não estão sequer minimamente demonstradas, sendo que o só fato de estar bem posicionado em pesquisa eleitoral é absolutamente insuficiente para fundamentar o risco às suas garantias de liberdade de locomoção e de concorrer ao pleito eleitoral em igualdade de condições”, escreveu o Desembargador, Fernando Cabral Filho.
O empresário Clébio Jacaré se mostra, até agora, como o candidato mais dinheiro da Baixada Fluminense nas eleições 2024. À Justiça Eleitoral, ele declarou ter R$49,6 milhões de patromônio. E ele faz parte do grupo de desconfiados — e destemidos — que guarda dinheiro em espécie “no colchão”. Ele disse ter R$ 4,2 milhões em moeda nacional e mais R$ 98,6 mil em notas estrangeiras.
Em comparação a 2022, ele fez seu patrimônio crescer 211,7% em dois anos. Na época, declarou R$ 15,9 milhões de posses, sendo R$ 5,1 milhões em dinheiro vivo e mais de R$ 2,8 milhões em cotas em mais de 10 empresas diferentes.
Mas, agora, a declaração de bens de Clébio não traz a indicação das empresas nas quais ele possui participação, apenas que o total em quinhões passa dos R$ 7,4 milhões.