Anielle Franco fala sobre o caso Marielle: solucionar o crime é dever do Estado

A ministra da igualdade racial, Anielle Franco, utilizou de suas redes sociais nesta terça-feira (23) para dizer que sua família aguarda comunicados e resultados oficiais sobre as investigações do assassinato de sua irmã, a vereadora Marielle Franco, e do motorista Anderson Gomes. 

 

“Recebi as últimas notícias relacionadas ao caso Marielle e Anderson e reafirmo o que dizemos desde que a tiraram de nós: não descansaremos enquanto não houver justiça”, escreveu.

 

A ministra cita publicações da imprensa nesta semana que afirmam que o ex-policial militar Ronnie Lessa teria aceito um acordo de delação premiada com a Polícia Federal e fornecido informações que  apontam quem poderia ser o mandante do crime. 

 

O assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completa seis anos no dia 14 de março, e, com a entrada da Polícia Federal nas investigações, em 2023, houve alguns avanços, como a delação premiada do ex-PM Élcio Queiroz, que dirigia o carro usado no crime. Em julho do ano passado, agentes da PF que participavam das investigações informaram que, na delação, Queiroz apontou o também ex-policial militar Ronnie Lessa como o autor dos assassinatos de Marielle e Anderson.

 

Recentemente, matérias da imprensa relatam que depois de negociações feitas desde o ano passado, Lessa também aceitou confidenciar sobre o crime em delação premiada à Polícia Federal.

 

 Em resposta à Agência Brasil, a coordenação de comunicação social da PF no Rio de Janeiro informou que não poderia dar detalhes sobre as investigações em andamento.

 

Na publicação em seus perfis no Instagram e no X, a ministra da Igualdade Racial lembrou que são quase seis anos da maior dor que sua família sentiu.

 

“A resposta sobre esse crime – quem mandou matar Marielle e Anderson e o porquê – é um dever do Estado brasileiro”, concluiu.