Caxias se destaca em mapa do emprego da indústria criativa

O estado do Rio de Janeiro ocupa posição estratégica na Indústria Criativa brasileira, combinando forte participação econômica com impacto simbólico, que reforça a imagem do Brasil no mundo – o chamado Soft Power. A maior parte dos trabalhadores criativos está concentrada na capital: para cada quatro profissionais da área, três atuam no município do Rio de Janeiro, mas Duque de Caxias se destaca. Os dados fazem parte do Mapeamento da Indústria Criativa 2025, publicação da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), com análise da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). O ano de 2023 é a base mais atualizada fornecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

 

O Mapeamento da Indústria Criativa 2025 mantém a análise dos 13 segmentos da Indústria Criativa separados em quatro grandes áreas: Consumo (Design, Arquitetura, Moda e Publicidade & Marketing), Mídia (Editorial e Audiovisual), Cultura (Patrimônio & Artes, Música, Artes Cênicas e Expressões Culturais) e Tecnologia (P&D, Biotecnologia e TIC).

 

Nesse contexto, o estudo aponta que Tecnologia (45%) e Consumo (39,8%) são as áreas que mais empregam na economia criativa fluminense. Porém, ao considerarmos o crescimento de postos de trabalhos criativos em relação a 2022, o ranking foi liderado pelo avanço de vagas na área da Cultura (9,4%) e da Tecnologia (8%).

 

O crescimento dos empregos criativos no estado (6,5%) superou o ritmo nacional (6,1%), entre 2022 e 2023. Pela Baixada Fluminense, Duque de Caxias é o município com maior geração de emprego no setor, tendo 2.566 trabalhadores criativos.

 

PIB criativo

Em 2023, o setor criativo fluminense respondeu por 5,2% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual, gerando R$ 46 bilhões e contribuindo com quase 11,9% do PIB criativo nacional. De forma geral, a Indústria Criativa impulsiona economia brasileira como um todo e já representa 3,59% do PIB brasileiro, o que equivale a R$ 393,3 bilhões, destaca o levantamento. O crescimento dos empregos formais no setor já supera a marca de 1,26 milhão de profissionais no Brasil.

 

“A mudança estrutural vista na economia brasileira, resulta do fortalecimento contínuo do mercado criativo, monitorado desde 2008 pelo Mapeamento. Nesse mercado, inovação, propriedade intelectual e valor da criatividade são pilares da expansão. A pandemia acelerou a digitalização e a adoção de novas tecnologias, impulsionando ainda mais o setor”, explica Julia Zardo, gerente de Ambientes de Inovação da Firjan e coordenadora do estudo.Baixada Flumi