O Superior Tribunal de Justiça autorizou, nesta quarta-feira (20), a quebra dos sigilos bancário, fiscal, de e-mails e telefônicos no âmbito do inquérito que investiga desvio de recursos, pagamento de propina e fraude em licitação em contratos sociais do estado entre 2017 e 2020. A autorização foi dada pelo ministro do STJ Raul Araújo. A informação foi divulgada inicialmente pela colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo.
A quebra dos sigilos foi pedida pela Polícia Federal junto com as buscas que estão sendo feitas hoje como parte da Operação Sétimo Mandamento. Além de Castro, outras seis pessoas tiveram o sigilo bancário e fiscal quebrados, e cinco investigados tiveram o sigilo telemático derrubado.
Castro não é alvo das buscas, que atingiram seu irmão de criação, Vinícius Sarciá Rocha, a subsecretária de Integração Sociogovernamental e de Projetos Especiais da Secretaria estadual de Governo, Astrid de Souza Brasil Nunes, e Allan Borges Nogueira, gestor de Governança Socioambiental da Cedae.
O governador diz que a operação deflagrada nesta quarta-feira “não traz nenhum novo elemento à investigação que já transcorre desde 2019″. “Só o fato de haver medidas cautelares, quatro anos depois, reforça o que o governador Cláudio Castro vem dizendo há anos, ou seja, que não há nada contra ele, nenhuma prova, e que tudo se resume a uma delação criminosa, de um réu confesso, a qual vem sendo contestada judicialmente. Por fim, o governador reitera a confiança plena na justiça brasileira”, diz a nota.