O tiroteio na Avenida Brasil teve como vítima, o morador de Nova Iguaçu, Renato Oliveira Alves Reis, funcionário de uma empresa que presta serviços à Marinha.
Ontem, ele decidiu que iria levar o café da manhã para os colegas de trabalho: colocou pão, mortadela e refrigerante numa bolsa e pegou um ônibus da linha 493 (Ponto Chic-Central) com um amigo, Adonias dos Santos. Cochilaram na viagem, e, na Avenida Brasil, na altura da Cidade Alta, em Cordovil, ficaram em meio a uma chuva de tiros.
Renato foi alvejado na cabeça, ainda dormindo. Aos 48 anos, casado, com quatro filhos e uma neta, ele acabou se tornando um dos três inocentes mortos na explosão de violência que atingiu a região da Zona Norte do Rio.
Segundo autoridades, Renato, além de mais homens, foram mortos num momento em que bandidos comandados pelo traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, passaram a atirar em direção à Avenida Brasil. O objetivo seria balear inocentes para forçar a PM a suspender uma operação na Cidade Alta, que faz parte do Complexo de Israel.
Outras três pessoas foram atingidas, mas, até o fim da noite, apenas uma seguia hospitalizada. A corporação admitiu que foi surpreendida pela reação dos criminosos e afirmou que, para evitar uma tragédia maior, teve de recuar.