Coletivo da Baixada Fluminense cria escola de cinema acessível para jovens de periferias

O Instituto de Cinema e Artes BaixadaCine, em Belford Roxo, sobrevive democratizando o acesso à cultura audiovisual. Além da produção cinematográfica, promoção de debates, cursos e oficinas, o espaço também oferece sessões de filmes de forma gratuita todas penúltimas sextas feira do mês.

 

O coletivo começou por meio de moradores do município de Belford Roxo que perceberam a carência cultural da região e a necessidade de produzir cinema na periferia. Hoje, está transformando o cenário cultural da Baixada Fluminense, não apenas com suas exibições e debates, mas também com a criação de uma escola de cinema acessível para jovens periféricos.

 

“Antes, precisávamos nos deslocar para outros lugares, espaços e regiões do estado ou do país para conseguir acesso, valorização do nosso trabalho, visibilidade e reconhecimento” explica o fundador, Lorre Motta, multiartista transmasculino, preto e periférico.

 

O curso oferecido pela escola visa a capacitar cerca de 160 alunos a partir dos 18 anos e 20 alunos entre 7 e 17 anos ao longo de um ano. Além disso, tem como objetivo formar novos cineastas periféricos por meio de uma metodologia desenvolvida pelo próprio coletivo.