Homem recebe pena de 14 anos de prisão por matar vizinho devido a barulhos de obra

O réu Jorge Miguel, considerado culpado pelo assassinato do pastor e ex-policial Gabriel Ribeiro Filho, em agosto de 2021, foi condenado a 14 anos de prisão em regime fechado, pelo Tribunal do Júri da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu. 

 

O motivo seria um desentendimento por causa do barulho de uma obra no bairro Ginasiano, no mesmo município, na Baixada Fluminense. Jorge está preso preventivamente desde 15 de janeiro de 2022. 

 

Os sete jurados consideraram que o criminoso, que era vizinho da vítima, agiu por motivo fútil, o que caracteriza a tese do homicídio qualificado. A sentença foi assinada pelo juiz presidente da sessão, Adriano Celestino Santos. Cabe recurso à decisão.

 

No julgamento, o defensor público José Messias da Silva Rodrigues, responsável pela defesa do réu, no intuito de absorver ou ao menos reduzir a pena de seu representado. Já o promotor de Justiça Bruno Bezerra, responsável pela sustentação oral da acusação, destacou a “perversidade do réu”, que matou a vítima por causa do barulho de uma obra que ela realizava dentro de sua propriedade. Jorge Miguel ainda foi condenado, dentro do artigo 147 do Código Penal, por ameaçar duas testemunhas de defesa.

 

Relembre o crime

 

De acordo com os investigadores, um caseiro e um auxiliar de serviços gerais faziam reparo no encanamento do sítio de Gabriel. Incomodado com o barulho, Jorge pediu que a obra parasse e deu um tiro para o alto.

 

O pastor foi chamado, e houve uma discussão. Jorge, então, atirou contra Gabriel. O pastor chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no dia seguinte aos disparos.